A hérnia em crianças ocorre quando há uma projeção de um órgão ou estrutura de um lugar para outro, causando o inchaço de regiões como virilha, bolsa escrotal ou umbigo. Umbigo ou o abdômen também são regiões propícias para o aparecimento de hérnia.
Acomete 5% das crianças, sendo 4 vezes mais frequente em meninos e à direita (60% dos casos). Pode surgir desde o nascimento ou então nos primeiros meses ou anos de vida.
Geralmente é indolor na criança, mas quando uma parte do intestino fica preso na hérnia, pode haver dor aguda, vômitos e a necessidade de uma operação imediata.
Abaixo, conheça os tipos de hérnia mais comuns na criança, suas causas, diagnóstico e tratamentos.
Quais são os tipos de hérnia em crianças?
Umbilical, inguinal e epigástrica são os tipos de hérnias mais comuns em crianças.
Hérnia umbilical
Pode ocorrer quando a cicatriz umbilical demora a fechar ou não fecha naturalmente.
Esse tipo de hérnia costuma desaparecer sozinha em 95% dos casos até os 2 anos de idade, logo, normalmente não requer procedimento cirúrgico. Porém, caso a criança sinta dor, a hérnia seja muito grande ou permaneça após os 2 anos de idade, é aconselhável que o caso seja avaliado por um cirurgião pediátrico para avaliar a necessidade de um tratamento.
Hérnia inguinal
Ocorre quando o canal inguinal — presente na virilha — não se fecha da maneira correta. Quando acomete os meninos, há um inchaço ou protuberância na virilha ou na região escrotal. Já quando acomete as meninas, há uma protuberância na região dos grandes lábios ou virilha. Em recém-nascidos, os pais podem notar esse inchaço durante momentos como o banho e a troca de fraldas, e também quando a criança faz algum tipo de esforço.
Algumas condições podem favorecer o aparecimento, como testículos que não desceram, histórico familiar, fibrose cística, displasia no quadril, anormalidades uretrais e prematuridade.
O tratamento para a hérnia inguinal é cirúrgico. A cirurgia é realizada em qualquer idade, exceto em alguns bebês prematuros, onde prefere-se esperar que a criança tenha entre 6 a 10 meses de vida. O pós-operatório depende da idade do paciente, ou da idade gestacional, a depender da avaliação médica.
Hérnia epigástrica
A hérnia epigástrica é causada por uma malformação congênita que provoca um enfraquecimento da musculatura do abdômen e, por consequência, o aumento da região acima da cicatriz umbilical.
Bebês prematuros ou abaixo do peso têm maior chances de nascerem com hérnia epigástrica, e seu principal sintoma é o aumento de volume na região média da barriga, que pode ser percebido quando a criança faz algum tipo de esforço.
Diferente da hérnia umbilical, esse tipo de hérnia não desaparece sozinha, e é necessário tratamento cirúrgico para a correção da mesma. É fundamental que a cirurgia seja realizada logo após o aparecimento dos primeiros sintomas e diagnóstico, evitando complicações mais graves.
Como é feito o diagnóstico da hérnia em crianças?
O diagnóstico da hérnia em crianças é feito através do histórico clínico e exame físico do paciente.
Quando a intervenção cirúrgica é necessária?
Cada caso deve ser avaliado por um cirurgião pediátrico. Somente um profissional será capaz de definir a necessidade de uma cirurgia.
A operação de hérnia é um procedimento de pequeno porte, e se o reparo for simples o seu filho poderá ir para casa no mesmo dia da cirurgia. O cirurgião pediátrico é o médico mais habilitado para a correção de uma hérnia na criança.
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