A transpiração é comum a todo ser humano e também um importante mecanismo para a regulação da temperatura corporal. Porém seu excesso pode ser um indício de Hiperidrose, sudorese excessiva que geralmente interfere na vida do paciente.
Em mais de 80% dos casos, os sintomas começam na infância, o que pode ser muito angustiante e causar impactos negativos, como prejudicar o desempenho escolar, afetar sua vida social e até acarretar problemas psicológicos mais graves. No entanto, a doença permanece amplamente subdiagnosticada e subtratada, principalmente em crianças.
Por isso a conscientização sobre a doença e o diagnóstico precoce são essenciais e podem melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Tipos de hiperidrose
Pode ser primária ou secundária. A hiperidrose primária não possui uma causa definida; é a função excessiva do sistema sudomotor, funcionando mesmo na ausência de qualquer gatilho de sudorese. Porém, na secundária, a sudorese excessiva ocorre em resposta a um estímulo, como medicação, ansiedade e distúrbios neurológicos ou endócrinos.
Sintomas da hiperidrose
A hiperidrose é caracterizada pelo suor em excesso e pode acometer as palmas das mãos, pés e axilas. Para distinguir a hiperidrose da transpiração regular, alguns outros fatores são levados em conta, como: interferência nas atividades diárias, ocorrência de pelo menos uma vez na semana e histórico familiar.
Causas
A causa da hiperidrose primária é desconhecida e pode estar relacionada a uma resposta anormal ao estresse emocional. Em contraste, a secundária geralmente tem uma causa subjacente. Alguns exemplos de causas de hiperidrose secundária em crianças e adolescentes são: clima quente, exercícios, ansiedade, ingestão de alimentos ou bebidas cítricas e apimentadas, obesidade, doenças endocrinológicas, neurológicas ou infecções.
Diagnóstico
Pode ser feito apenas por um médico, a partir de exames solicitados e análise do histórico de saúde da criança.
Tratamentos e cirurgia
A depender do diagnóstico, da condição de cada paciente e indicação médica, alguns dos tratamentos podem ser:
- Terapia tópica: uso de antitranspirantes no tratamento da hiperidrose axilar. Tratamento bem comum que causa efeito bloqueador das glândulas sudoríparas, porém costuma ser menos eficaz na hiperidrose palmar e plantar. A maioria dos médicos usa a terapia tópica como tratamento em crianças devido à sua natureza não invasiva, no entanto pode apresentar efeitos colaterais como a irritação da pele.
- Aplicação de Toxina Botulínica tipo A: A toxina botulínica atua nas terminações nervosas para bloquear a liberação da acetilcolina. Tem sido usado em crianças com paralisia cerebral, estrabismo e torcicolo espasmódico, porém é ainda pouco comum. O principal efeito colateral é sua eficácia de curta duração por cerca de 6 meses, exigindo reaplicação, o que pode resultar em atrofia dos músculos subjacentes.
- Procedimento cirúrgico: É um tratamento seguro, eficaz e duradouro para hiperidrose em crianças e adultos. O tratamento cirúrgico atualmente recomendado é a Simpatectomia torácica por vídeo. Alguns procedimentos locais como curetagem ou lipoaspiração também têm sido usados no tratamento axilar. No entanto, os principais riscos destes procedimentos locais são cicatrizes, contraturas e possíveis infecções.
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